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Por volta de outubro de 1986, há quase quatro décadas, vivi uma experiência que mudaria minha forma de ver a música.
Este artigo é dedicado a todos que buscam compreender por que a escolha do arco tem sua real importância no desempenho de um instrumentista.
Mais do que um acessório, o arco é uma extensão do músico, o elo entre a técnica e a expressão artística.
Ao longo deste texto, vamos entender como a escolha certa pode transformar o som, a postura e o prazer de tocar.
O início de uma jornada musical
Em outubro de 1986, eu e minha saudosa mãe começamos a procurar, em jornais e classificados, um violoncelo para comprar.
Na época, eu já estudava violino havia dez anos, tocava na igreja e fazia aulas particulares com o professor Tarcísio Celestino.
Também estudava órgão com Valquíria Lanjoni na Escola Sinfonia, dirigida por Vera Davênia.
Diante da escassez de opções e dos altos preços, encontramos uma indicação valiosa do amigo Nadilson Gama: um cello fabricado por Petrucelli, músico, celista e marceneiro da Água Rasa.
Com o instrumento em mãos, iniciei as aulas com minha professora Gretchen Miler.
Logo na primeira aula, ela foi direta: ‘Não dou aulas para você com este arco’.
Eu usava um arco de violino para tocar cello.
Foi então que Gretchen me indicou o archetier Francisco Silva, de quem comprei meu primeiro arco — mais caro que o próprio cello.
Essa foi, sem dúvida, a melhor escolha que alguém poderia ter me orientado a fazer, e me mostrou de forma definitiva por que a escolha do arco tem sua real importância.
O arco é quem produz o som
O arco é quem produz o som. É ele que faz a diferença, e a diferença é imensa.
Tocar com um arco ruim exige mais esforço, produz menos resultado e ainda prejudica a postura.
Já um arco bom, de qualidade e boa procedência, contribui significativamente para todos os aspectos da arte de fazer música.
Por isso, a escolha do arco tem sua real importância — ele é responsável por traduzir a emoção do músico em som.
Ainda hoje uso o mesmo arco que comprei naquela época.
Faz parte de mim, como uma extensão do meu corpo.
Já testei muitos arcos, caros e baratos, de ótimos archetiers, mas ainda não encontrei um que funcione melhor para mim do que aquele primeiro.
Esse vínculo emocional e técnico é algo que apenas quem entende realmente o valor do arco pode compreender.
Por que investir em um bom arco
Muitos músicos iniciantes acreditam que o som vem apenas do instrumento, mas isso não é verdade.
O arco tem papel determinante na projeção, na qualidade sonora e até na postura.
Um bom arco facilita o movimento, melhora o controle e reduz o esforço físico.
Ele evita dores, fadiga e frustrações com o som produzido. Em resumo, a escolha do arco tem sua real importância porque define a experiência de tocar.
Costumo dizer que um cello simples com um arco bom funciona, mas o contrário não.
Um cello excelente com um arco ruim não produz bons resultados.
O arco é o condutor da energia do músico — ele responde, vibra e transmite cada nuance do toque.
Dicas para escolher o arco ideal
Antes de comprar, teste vários arcos.
Cada músico tem um estilo, e o arco precisa se adaptar à sua pegada e sensibilidade.
Observe o peso, o equilíbrio e a resposta nas cordas.
Um arco muito pesado pode cansar a mão; um muito leve pode dificultar o controle.
Consulte sempre um luthier ou professor experiente para ajudar na avaliação.
E lembre-se: o arco deve ser visto como um investimento a longo prazo.
Na Ré Maior, oferecemos arcos de diferentes valores e procedências, desde modelos simples em massaranduba até arcos de pau-brasil assinados por grandes profissionais.
Todos passam por criteriosa avaliação, garantindo desempenho, conforto e durabilidade.
Conclusão: o arco é a voz do músico
O arco é mais do que um acessório: é a verdadeira voz do músico.
É ele quem desperta a alma do instrumento e traduz em som toda a emoção de quem toca.
Por isso, investir em um arco de qualidade é investir em evolução musical e prazer ao tocar.
Jamais subestime o poder dessa escolha — a escolha do arco tem sua real importância, e faz toda a diferença no caminho do músico.
Agende uma conversa e comece a construir seu som com alma.
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